José Bernardo
Aprendi que os símbolos são definitivos, ainda que não produtivos. Como unidades de linguagem, símbolos podem comunicar espiritualidade, mesmo que não sejam capazes de cria-la. Símbolos podem apontar o caminho, sem ainda nos levar por ele. Que a Igreja tenha decorado suas paredes com esculturas, pinturas e vitrôs, usando diversas mídias para superar o analfabetismo e ensinar a verdade, isso é digno. Que esses elementos tenham se tornado ídolos e conduzido o povo ao engano e à perdição, isso é maligno.
Mas não ficaremos mudos porque algumas
palavras são usadas para amaldiçoar. Da mesma forma não vamos nos opor aos símbolos
por causa da idolatria e, assim, perder o valor que eles têm no cumprimento da
missão. A reforma protestante tratou de expurgar a Igreja da idolatria em que vivia.
Quebrando estátuas e rasgando pinturas, também atacou muitos símbolos úteis. Essa
corrosão indiscriminada continuou a destruir a capacidade de comunicação do
Evangelho, até diminuir a importância e o valor de símbolos ordenados por
Cristo, como o batismo e a ceia. Ao estabelecer a missão bíblica da Igreja,
Jesus disse: “Quem crer e for batizado
será salvo, mas quem não crer será condenado” Mc 16:16. Fica claro que o
batismo não é produtivo, na medida em que não crer é que determina a condenação,
não a falta do batismo. Contudo, Jesus não propôs o crer produtivo sem o batismo
simbólico, já que a fé deve se expressar publicamente. Da mesma forma, ensinando
o que recebeu de Jesus sobre a Ceia do Senhor, Paulo disse: “Portanto, todo aquele que comer o pão ou
beber o cálice do Senhor indignamente será culpado de pecar contra o corpo e o
sangue do Senhor” 1Co 11:27. O agir indignamente é que produz a culpa, não
o pão e o cálice. Mas, ao comer o pão e beber o cálice, “vocês anunciam a morte do Senhor até que ele venha” 1Co 11:26. Novamente
o símbolo é definitivo, ainda que não produtivo. Então os símbolos têm valor, especialmente
para a evangelização, e é preciso zelar por ele. Quantos outros símbolos são
importantes para expressar a fé, assinalar o compromisso e testemunhar a ação
de Deus e estão sendo postos de lado! Nossa indignação contra a idolatria não justifica o desprezo e a desvalorização dos símbolos úteis na proclamação,
ensino, testemunho e representação do Evangelho.Aprendi que os símbolos são definitivos, ainda que não produtivos. Como unidades de linguagem, símbolos podem comunicar espiritualidade, mesmo que não sejam capazes de cria-la. Símbolos podem apontar o caminho, sem ainda nos levar por ele. Que a Igreja tenha decorado suas paredes com esculturas, pinturas e vitrôs, usando diversas mídias para superar o analfabetismo e ensinar a verdade, isso é digno. Que esses elementos tenham se tornado ídolos e conduzido o povo ao engano e à perdição, isso é maligno.
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